Agricultores familiares ocupam a Secretaria da Fazenda no Rio Grande do Sul
Foto: Maiara Rauber/MST
Participam do ato, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).
A pauta que reivindica o auxílio do governo aos que sofreram e ainda sofrem com os danos causados pela estiagem no estado gaúcho não é recente. As famílias agricultoras vêm sofrendo com essa problemática há mais de três anos. Os agricultores seguem solicitando a liberação de um auxílio e de crédito emergencial que devem ser destinados para amenizar os impactos da seca no estado.
“Essa situação, certamente vai ficar na história do Rio Grande do Sul, pois o até então governador Eduardo Leite não fez nada de concreto para ajudar os camponeses e as camponesas. Por isso, mais uma vez estamos aqui na capital gaúcha para denunciar e anunciar o descaso que o governo teve com esse povo que é tão importante para o desenvolvimento do nosso estado”, pontua Ildo Pereira, dirigente do MST/RS.
Falta de alimento
Pereira ainda reforça que a luta que as famílias agricultoras e dos movimentos do campo estão fazendo, busca amenizar as problemáticas enfrentadas no campo. Ele afirma o problema já está se estendendo para a sociedade em geral, com a falta de alimento na mesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras.
O dirigentes diz que o governo já havia anunciado que teria o auxílio e crédito emergencial, mas de acordo com a Secretaria da Agricultura, ambos estão sob avaliação.
O crédito emergencial se resume em um financiamento de até R$ 20 mil com juro subsidiado pelo governo para a agricultura familiar. No entanto, não foram apresentadas informações concretas sobre isso, como número de famílias beneficiadas e data de liberação desse crédito.
Em relação ao auxílio emergencial, o retorno é o mesmo. Inicialmente, a proposta era beneficiar aproximadamente 100 mil famílias com o valor de até um salário mínimo. Mas segundo a Secretária de Agricultura os dados específicos desse auxílio estão sendo avaliados.