Casa Civil anuncia auxílio a agricultores familiares ainda em maio
Foto: Maiara Rauber/MST
Foto: Maiara Rauber/MST
Em decorrência do protesto de 700 agricultores familiares nas dependências da Secretaria da Fazenda o secretário da fazenda e da Casa Civil abriram a agenda para tratar do atraso das medidas prometidas pelo governo aos pequenos produtores rurais prejudicados pela maior estiagem dos últimos trinta anos.
Estavam presentes no ato o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).
“A luta das nossas famílias é a busca de ajuda para as problemáticas enfrentadas no campo após três anos consecutivos de seca aqui no estado. Nós também sabemos que isso está se estendendo para a sociedade em geral, como a falta de alimento na mesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras” relata Ildo Pereira, da direção Estadual do MST RS.
Ao meio-dia, o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso atendeu os representantes dos movimentos sociais da agricultura familiar para uma conversa. No entanto, o mesmo não se sentiu apto para anunciar as ações do governo em relação à pauta levantada pelos camponeses. “Não cabe a mim fazer anúncio de um programa de outra secretaria. Isso é uma questão a ser resolvida pelo governo e pela Secretaria Civil”, explica Cardoso.
Após seu relato e ouvir os movimentos do campo, o Secretário da Fazenda entrou em contato com o Artur Lemos, Secretário da Casa Civil. O qual confirmou a liberação do auxílio emergencial ainda no mês de maio.
Ao ser questionado pela demora e a falta de comprometimento por parte do governo, Lemos justificou. “Não posso passar as informações específicas do auxílio, estamos finalizando os detalhes. Não temos o dado certo de famílias que serão beneficiadas, nem o valor total do recurso” pontua o Secretário da Casa Civil.
No entanto, Lemos deixou marcado com o conjunto dos representantes dos movimentos sociais do campo uma reunião com data limite a ser marcada até o dia 19 de maio. De acordo com ele, não existe a possibilidade de a conversa ocorrer após essa data. O intuito dessa reunião será informar os detalhes do auxílio emergencial, ou seja, quantidade de famílias beneficiadas e valor do mesmo.
Em assembleia os camponeses definiram o retorno à capital se não a promessa feita por Lemos não for cumprida.