Centrais fazem ato em São Paulo pela redução da Selic
Foto: CUT/ Divulgação
No ato pela redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, e a favor da democratização do Conselho de Administração dos Recursos Fiscais (Carf), realizado nesta terça-feira, 21, em São Paulo, o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, ressaltou que um dos objetivos dos trabalhadores que batalharam para eleger Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a imediata mudança nos rumos da política monetária implementada pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. “A atual política de juros altos privilegia apenas os mais ricos”, ressaltou Nobre.
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“Campos Neto é um sabotador do nosso país. Por isso, nós queremos dar o recado aqui: esses caras que estão reunidos nesse conselho monetário (Copom), dizem que são independentes, mas eles foram capturados pelo sistema financeiro”, apontou Nobre. O Comitê de Política Monetária do BC está reunido para decidir se mantém a taxa de juros, aumenta ou reduz. A reunião termina na noite desta quarta-feira, 22.
O ato pela queda dos juros reuniu representantes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical, A Pública e movimentos sociais como o Povo sem Medo e Frente Brasil Popular. Foram realizados atos em diversas capitais.
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O tom dos discursos de representantes dos sindicatos e das demais centrais no ato em São Paulo, foi crítico ao rentismo, à administração de Campos Neto que privilegia os mais ricos com as taxas altas de juros que favorecem a especulação financeira em detrimento da maioria do povo brasileiro que tem de pagar mais de 400% ao ano dos juros do cartão de crédito rotativo, nas prestações da casa própria ou de qualquer outro bem comprado em parcelas.
A presidente da Contraf-CUT e vice-presidente da CUT Nacional, Juvandia Moreira, reforçou que somente com a queda dos juros a economia do país voltará a crescer, beneficiando a maioria do povo brasileiro.
“Essa luta contra a alta do juro é sua, é nossa. Essa luta vai definir se a gente vai ter emprego amanhã, ou não. Se vamos ter renda, ou se não gente vai estar na rua sem lugar para morar. Para ter um país melhor é preciso que o presente do Banco Central reduza a taxa de juros. É essencial para o povo, para que a economia cresça”, disse.
A dirigente ressaltou que os juros altos encarecem toda a economia, o governo gasta mais e tem menos dinheiro para construir escolas, creches hospitais, e outros investimentos públicos, além da população ter de pagar mais na compra de um produto ou na obtenção de crédito.