MOVIMENTO

Amarildo Cenci é reeleito presidente da CUT-RS

Chapa de unidade liderada pelo atual dirigente da CUT-RS foi eleita por unanimidade para o quadriênio 2023-2027
Da Redação / Publicado em 7 de agosto de 2023

Foto: CUT-RS/ Divulgação

Congresso destacou fortalecimento da CUT-RS, que nos últimos quatro anos filiou mais de 30 sindicatos, como Sintrajufe-RS, como Cpers Sindicato, Sintrajufe-RS

Foto: CUT-RS/ Divulgação

A chapa de unidade, liderada pelo atual presidente da CUT-RS, professor Amarildo Cenci, foi eleita por unanimidade para o mandato de 2023-2027 da entidade, no sábado, 5, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa.

“Queremos que a classe trabalhadora seja cada vez mais protagonista na reconstrução do nosso país”, disse o dirigente reeleito na abertura do 16º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (16º Cecut-RS), que apresentou um balanço do último período, a aprovação de resoluções sobre estratégias e um plano de lutas e a eleição na nova gestão para o mandato de 2023-2027.

Mais de 400 delegados e delegadas dos setores público e privado, participaram do, além de observadores e convidados, sob o lema “Luta, direitos e democracia transformam vidas”. O encontro foi aberto no início da noite de sexta-feira, 4, com a presença do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Além de Amarildo, que é também diretor do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS), foram reeleitos, o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre; a secretária-geral Vitalina Gonçalves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Gravataí (SPMG); e o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, sapateiro de Nova Hartz.

A nova direção conta com o retorno de dirigentes do Cpers Sindicato, que se refiliou à CUT no último dia 14 de julho. A presidente Helenir Aguiar Schürer será a secretária de Formação da CUT-RS. A secretária-geral do Cpers, Suzana Lauermann, foi eleita secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS.

Também foram eleitos para a nova gestão o presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, que será o secretário de Meio Ambiente da CUT-RS; o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesian, que assumirá o cargo de secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, e o coordenador-geral da Fetraf-RS, Douglas Cenci, que será o secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-RS. O ex-presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, apoiado pelo movimento sindical, é desde 17 de março o superintendente regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A eleição ocorreu no final do segundo dia do congresso, que começou com uma exposição sobre a autonomia do Banco Central e a sua política de juros altos, a exibição de um vídeo de balanço da gestão 2019-2023, a aprovação de resoluções sobre estratégias da CUT para o próximo período.

Sistema financeiro

Antes da abertura do evento, trabalhadores do setor financeiro realizaram plenária na sede do SindBancários para debater temas de interesse da categoria.

Entre as propostas apresentadas no 16º Cecut-RS estão a realização de conferências estadual e nacional do sistema financeiro para tratar questões como autonomia do Banco Central, papel dos bancos públicos e privados, bem como das cooperativas e fintechs do ramo.

A categoria reivindica ainda a regulamentação do sistema financeiro, a fim de colocá-lo a serviço dos interesses de toda a sociedade. Outros assuntos levantados foram a queda da taxa básica de juros, inclusão, diversidade, acessibilidade, novas tecnologias, consciência de classe e meio ambiente.

Democracia e unidade sindical

Foto: Camila Kila/SindBancários/ Divulgação

Cenci: “O movimento sindical organizado e fortalecido é o que vai dar o suporte político para fazer a reconstrução do Brasil”

Foto: Camila Kila/SindBancários/ Divulgação

Na abertura do Congresso, Cenci, destacou a resistência que marca os movimentos dos trabalhadores nesta década: “estamos aqui vivos, resistentes e mais fortes”.

O dirigente destacou a volta do Cpers Sindicato e do Sintrajufe-RS, que recentemente se refiliaram à CUT, e a filiação de outros sindicatos, como a representação dos caminhoneiros, da agricultura familiar e dos municipários.

Amarildo fez críticas ao governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), que classificou como inimigo da classe trabalhadora. “É um rapaz, um ‘almofadinha’ perfumado, que anda mentindo para todo mundo. Ele não é um inimigo da classe trabalhadora da educação, do professor, do funcionário. Ele é um inimigo da classe porque ele vende patrimônio e não entrega nada em troca de serviço público e de política pública”, ironizou.

“Ele faz maracutaia na Corsan, suborna prefeitos, corrompe o Estado”, disse referindo-se à manobra de Leite junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para derrubar a liminar de uma conselheira que impedia a assinatura do contrato de venda da Corsan. “Isso é uma vergonha, um caso de polícia”, disse.

O dirigente destacou o “dever de consciência da CUT-RS e seus dirigentes têm com a luta da classe e conclamou as categorias a fortalecer ainda mais o movimento. “A classe trabalhadora tem tarefas. Nós elegemos Lula e toda hora ele nos diz: não venham aqui puxar o meu saco, vão se organizar e fazer luta porque é assim que garantimos as transformações e a reconstrução do Brasil”, lembrou.

Amarildo destacou que não há democracia sem serviço público de qualidade, sem servidores bem remunerados. “Nós temos experiência em fazer luta e queremos mais direitos, trabalho decente, serviços públicos de qualidade, escola pública boa para a classe trabalhadora, indústria sustentável e ambientalmente e inovadora”, sinalizou.

Ele defendeu ainda a unidade da ação sindical. “O movimento sindical organizado e fortalecido é o que vai dar o suporte político para fazer a reconstrução do Brasil com democracia e organização nos locais de trabalho e nos territórios”, projetou.

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