MOVIMENTO

Estudantes protestam na Ufrgs contra suspensão da paridade nas eleições

Conforme decisão do Conselho Universitário, a paridade deveria valer para a próxima eleição da Reitoria da Universidade no segundo semestre deste ano
Por César Fraga / Publicado em 4 de março de 2024

Estudantes protestam na Ufgrs contra suspensão paridade nas eleições

Foto: César Wolf/Divulgação DCE Ufrgs

Foto: César Wolf/Divulgação DCE Ufrgs

O DCE da Ufrgs realizou uma manifestação de estudantes no portão do prédio da Reitoria na manhã desta segunda-feira, 4, em reação ao despacho publicado pelo reitor Carlos André Bulhões, em que suspende a paridade aprovada recentemente pelo Conselho Universitário da Universidade.

Conforme decisão do Conselho, a paridade deve já valer para a próxima eleição da Reitoria da universidade no segundo semestre deste ano. Com o novo sistema eleitoral, o voto dos estudantes e dos servidores Técnico-Administrativos em Educação tem a o mesmo peso que o voto dos docentes.

Nas eleições anteriores o voto dos professores tinha peso de 70% e demais segmentos 15% cada. “Bulhões quer impedir o avanço democrático na escolha do Reitor. Foi esse processo sem paridade e com lista tríplice que fez ele interventor”, explica o estudante Matheus Fonseca, coordenador geral do DCE, durante a convocação da manifestação. Os estudantes consideram Bulhões como interventor indicado pelo governo Jair Bolsonaro, uma vez que não foi escolhido pelas urnas.

“Nós construímos esse ato pra dizer pro Bulhões que a paridade vai ficar e nós vamos construir uma agenda de lutas na universidade pela paridade, mas também pela sua destituição”, conclui o coordenador geral do DCE.

Estudantes cobram destituição de Bulhões junto ao MEC

Em dezembro, Matheus Fonseca, representante do DCE, participou de uma audiência com o Ministério da Educação em Brasília, onde cobrou uma posição sobre a destituição de Bulhões, decisão que está pendente desde novembro. “Estamos buscando todas as vias possíveis para assegurar que a voz da comunidade acadêmica seja ouvida e respeitada”, afirma Matheus.

A nomeação foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro Milton Santos, do MEC, em setembro de 2020, contrariando a tradição de nomear o primeiro colocado na lista tríplice e vendedor das eleições. Bulhões ficou em terceiro, com baixa aprovação tanto entre estudantes, quanto na comunidade acadêmica naquele ano.

 

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