Movimento ‘Vida além do trabalho’ pede fim da jornada 6 x 1
Foto: CUT-RS/ Divulgação
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS) convocou os sindicatos de trabalhadores filiados para a realização de assembleia pelo fim da escala 6 x 1, neste domingo, 24, a partir das 16h, na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre.
O movimento em defesa da qualidade de vida e pela redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução salarial pretende ampliar o movimento dos trabalhadores e movimentos sociais, que já realizaram diversos atos na capital e no estado, destaca Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS.
O ato em Porto Alegre ocorre em meio à mobilização nacional por mudanças na legislação trabalhista. Na semana passada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) que propõe o fim da jornada de 44 horas semanais, vigente desde 1943, e sua substituição por um limite de 36 horas obteve as 171 assinaturas necessárias para entrar na pauta do Congresso.
No dia 16, milhares de pessoas tomaram a Orla do Guaíba, na capital, e em Pelotas, em atos contra a escala de trabalho 6×1 e em defesa da redução da jornada sem redução salarial. Com faixas, cartazes e bandeiras de sindicatos e partidos de esquerda, os protestos integraram a série de manifestações nacionais convocadas pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT).
“Se não for no governo Lula, será quando? A energia da juventude nas ruas, junto com sindicalistas e militantes, desmente a propaganda de que ‘a CLT passou’ ou que ‘os jovens não querem carteira assinada’. Esses atos contra o 6×1 devem impulsionar também a luta pela revogação da reforma trabalhista. Estar nesse combate é o nosso papel”, acrescenta Marcelo Carlini, diretor do Sintrajufe/RS.
De acordo com Cenci, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial é pauta de reivindicação histórica do movimento sindical no país e da CUT. Desde sua fundação, em 1983, a Central tem defendido que a diminuição das horas trabalhadas é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, aumentar a geração de empregos e distribuir renda. Em 1988, a CUT foi protagonista na conquista da redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, garantida pela Constituição Federal.