Centrais sindicais e movimentos sociais pedem punição de golpistas, sem anistia
Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
Nesta quarta-feira, 8 de janeiro, as centrais sindicais divulgaram nota reforçando a importância de não relativizar a democracia com interpretações distorcidas e pedem punição dos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O documento foi assinado pelas principais organizações sindicais do país, incluindo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Intersindical e Pública.
A nota ressalta ainda, que a defesa da democracia está diretamente ligada ao fortalecimento de partidos políticos, movimentos sociais, organizações de trabalhadores e instituições nacionais.
“Mesmo com todos os desafios que ela apresenta, só em uma democracia podemos lutar e conquistar juntos a valorização do trabalho e o avanço social e humano”, declaram no texto. “Sem anistia aos golpistas! Não passarão!”, diz.
As centrais sindicais também fazem uma referência histórica à transição democrática de janeiro de 1985, destacando a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral como um marco no fim da ditadura militar.
“Entretanto, insistentes reflexos de um passado recente, o bolsonarismo saudoso da ditadura militar, nos alertam para o fato de que a democracia é um sistema em permanente construção, que deve ser cultivado e aprimorado sempre”, acrescentam. Leia na íntegra.
No Rio Grande do Sul
Já no Rio Grande do Sul, as centrais, os movimentos sociais e partidos políticos divulgaram documento na mesma linha, mas com destaques próprios. Entre eles, que os atentados de 8 de janeiro de 2023 foram mais que uma tentativa de golpe de Estado. “Representaram um ataque direto às conquistas democráticas de nosso povo e à memória de todos e todas que lutaram contra a ditadura e pela redemocratização”, diz o texto.
“A defesa do Estado Democrático de Direito é nossa tarefa permanente e coletiva. Ao lado da sociedade civil, dos movimentos populares e de todas as forças progressistas, seguiremos vigilantes contra quaisquer ameaças à liberdade, à justiça social e aos direitos fundamentais assegurados pela Constituição”, conclui a nota.
Leia a íntegra da nota das entidades gaúchas
Pela Democracia, Sem Anistia
Dois anos após os ataques terroristas que afrontaram a democracia brasileira, reafirmamos, com a firmeza que a história exige, nosso compromisso inabalável com a soberania popular e o Estado Democrático de Direito, pilares indispensáveis para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e solidária.
Os atentados de 8 de janeiro de 2023 foram mais que uma tentativa de golpe de Estado: representaram um ataque direto às conquistas democráticas de nosso povo e à memória de todos e todas que lutaram contra a ditadura e pela redemocratização.
O Brasil escolheu a democracia, e este é um caminho que deve ser sem volta. Não pode haver anistia para aqueles e aquelas que tramaram contra a vontade popular, seja na execução, no financiamento ou na idealização dos atos golpistas. Os crimes cometidos contra as instituições e o povo brasileiro exigem investigação rigorosa, julgamento justo e responsabilização plena de seus autores e autoras, como condição essencial para fortalecer a democracia e impedir retrocessos.
A defesa do Estado Democrático de Direito é nossa tarefa permanente e coletiva. Ao lado da sociedade civil, dos movimentos populares e de todas as forças progressistas, seguiremos vigilantes contra quaisquer ameaças à liberdade, à justiça social e aos direitos fundamentais assegurados pela Constituição.
Não esquecemos. Não aceitamos. Não recuaremos.
Sem anistia!
Porto Alegre, 8 de janeiro de 2025
A Pública Central do Servidor
Associação de Mães e Pais pela Democracia – AMPD/RS
Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
Central Única dos Trabalhadores – CUT/RS
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB/RS
Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM
Federação Gaúcha Uniões Ass. de Moradores e Ent. Comunitárias – Fegamec
Frente Brasil Popular – FBP/RS
Fórum Sindical e Popular – FÓRUM/RS
Grupo de Trabalho das Mulheres da ASSUFRGS
Intersindical Central da Classe Trabalhadora – INTERSINDICAL/RS
Levante Popular da Juventude – RS
Marcha Mundial das Mulheres – MMM/RS
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB/RS
Movimento dos Trabalhadores sem Terra – MST/RS
Movimento Nacional de Luta pela Moradia – MNLM/RS
União de Negras e Negros pela Igualdade – UNEGRO/RS
União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul – UEE Dr. Juca
União Geral dos Trabalhadores – UGT/RS
Partido Comunista do Brasil – PCdoB/RS
Partido Democrático Trabalhista – PDT/RS
Partido Socialista Brasileiro – PSB/RS
Partido dos Trabalhadores – PT/RS
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL/RS
Partido Verde – PV/RS
Rede Sustentabilidade – REDE/RS