Os primeiros habitantes do território do país foram praticamente aniquilados ao longo de cinco séculos de expropriação de terras, violência, segregação, extermínio. Dos 5 a 10 milhões de índios das mais diversas etnias que ocupavam vastas áreas de florestas de Norte a Sul do país, restaram pouco mais de 540 mil, ou 0,2% da população. Os remanescentes desses povos estão cada vez mais ameaçados. Relatório recente do Conselho Indigenista Brasileiro (Cimi) demonstra que os povos indígenas ainda sofrem todos os tipos de violação dos seus direitos, amargam humilhações, preconceitos e omissão protagonizados pela sociedade civil e pelo poder público. É o tema da reportagem de capa desta edição, que traz um recorte sobre kaingangs e guaranis no Rio Grande do Sul.
Na entrevista do mês, o professor de Ética e de Filosofa da USP, Clóvis de Barros Filho, critica o que considera uma obsessão das instituições de ensino em treinar alunos para o vestibular e a vida profissional e aborda a responsabilidade da escola na formação de cidadãos autônomos.
Como acontece em ano de eleição, titulares de cargos de comando do Executivo em todas as esferas se licenciam para concorrer e são substituídos por servidores de carreira ou técnicos de pouca ou nenhuma expressão política. O Extra Classe faz um balanço das baixas provocadas no país e avalia, com a palavra de cientistas políticos, os prejuízos que essas mudanças representam para a sociedade.
No Rio Grande do Sul, a escassez de políticas de incentivo à produção audiovisual e as minguadas verbas públicas para a realização de filmes jogam para baixo a produção e provocam a fuga de talentos. É a matéria da editoria de Cultura, que inclui livros, programação da Fundação Ecarta e as tiras de Edgar Vasques e Canini.
Boa leitura.
Cartas
DESENHOS DE GUERRA, PEDIDOS DE PAZ
Com a matéria Numa folha qualquer… (edição de julho), o jornal Extra Classe traz uma importante contribuição para o debate em sala de aula de um tema tão fascinante para as crianças: a paz que podemos almejar para um mundo repleto de contradições, conflitos e guerras. A iniciativa da Escola de Cultura de Paz, de Barcelona, é um exemplo a ser seguido pelos educadores e instituições de todo o mundo
Scheila Albuquerque
Professora de Educação Infantil/Canoas RS
Vai um táxi?
Gostaria de parabenizar a equipe do jornal Extra Classe pelo empenho em apresentar sempre novas e instigantes pautas a cada edição, destacando que além do debate sobre o mundo da educação e outros temas de interesse da sociedade, não faltam matérias que abordam questões enfrentadas pelas pessoas no seu cotidiano. A matéria Vai um táxi, publicada na edição de junho, é exemplar.
José Carlos Lopes
Professor universitário/Pelotas RS