OPINIÃO

Mudanças profundas

Publicado em 20 de abril de 2011
Rebeldes egípicios se espelharam na redemocratização brasileira

Foto: ALJazeera / divulgação

Rebeldes egípicios se espelharam na redemocratização brasileira

Foto: ALJazeera / divulgação

O ano de 2011 iniciou com mudanças profundas no Oriente Médio e Norte da África. Levantes populares nos principais países da região derrubaram algumas ditaduras e continuam forçando a porta de outras. A exemplo da América Latina nos anos 80, uma onda de democratização tomou conta do imaginário árabe. Na raiz das revoluções, segundo nosso entrevistado do mês, o professor egípcio, Mohamed Habib, pró-reitor da Unicamp, estão a exclusão social e a indignação com os ditadores locais, identificados como instrumentos políticos dos interesses dos EUA, Inglaterra, França e Israel na região.

Antes mesmo do mundo assimilar as mudanças profundas na configuração política provocadas por essas revoltas, foi estremecido pela tragédia japonesa, que repetia 25 anos depois o pânico mundial causado pelo acidente nuclear de Chernobyl. Pela primeira vez, a História está sendo escrita e testemunha da em tempo real pelas redes sociais, celulares, computadores, blogs, e por redes de televisão como a AlJazeera, que colocou os protestos nos lares do mundo, no instante em que ocorriam. O tsunami japonês inundou as salas de estar do planeta via satélite com o alerta protagonizado pelas forças da natureza. O mundo nunca mais será o mesmo. Nunca é, mas desta vez, mudanças profundas assinalam estar ocorrendo. Boa leitura.

Cartas

MATURIDADE E REPUTAÇÃO
Prêmio ARI – Parabéns à equipe pelo primeiro lugar (reportagem econômica) e segundo lugar (reportagem geral) no prêmio ARI. Merecido reconhecimento do trabalho do Gilson e da Naira, e também do jornalismo independente praticado pelo jornal, bancado, política e economicamente, pelo Sinpro.

Roberto Villar Belmonte – Jornalista – Porto Alegre RS

GINZBURG
Gostaria de registrar meu contentamento ao ler a entrevista de Carlo Ginzburg no Extra Classe de março. Considero realmente esclarecedor esse recorte do pensamento do historiador italiano sobre a verdade, o falso e a ficção.

João Carlos de La Côrte – Filósofo e educador Curitiba PR

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