Degradação dos rios e educação nas prisões

Essa primeira edição do ano do Extra Classe aprofunda a investigação sobre o colapso dos rios da Região Metropolitana – destacada em 2011 com o primeiro lugar em reportagem impressa no 53º Prêmio ARI de Jornalismo e 13º Prêmio de Jornalismo do Ministério Público. Desta vez, a pauta é o Projeto Pró-Guaíba, que vem sendo abandonado sucessivamente pelos governos estaduais desde o seu lançamento e que poderia ter evitado as tragédias ambientais que se repetem todos os anos na Grande Porto Alegre. Sem políticas ambientais efetivas e sem um plano de recuperação do Guaíba no curto prazo, o risco é de que o rio e seus afluentes atinjam os níveis de degradação do paulistano Tietê. Na entrevista do mês, a professora e pesquisadora norte-americana Diane Ravitch explica por que se transformou em crítica dos programas educacionais que ela própria ajudou a implantar no seu país, entre 1991 e 1993, e que engessaram o ensino com práticas corporativas, metas e testes padronizados, responsabilização do professor pelo desempenho dos alunos e fechamento de escolas mal-avaliadas. Um desastre do qual se pode tirar muitas lições.

Apesar da proposta das Diretrizes Nacionais de Educação nas Prisões, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação em maio de 2010, de criar um marco normativo para a oferta de ensino nas prisões, a maior parcela da população carcerária no país não tem acesso a qualquer iniciativa educacional. Até meados do ano passado, somente 43,3 mil dos mais de meio milhão de presidiários brasileiros se encontravam em alguma atividade relacionada ao ensino. A reportagem do Extra Classeentrou nos presídios gaúchos onde há experiências bem-sucedidas de escolarização de presos.

Completam a edição, reportagem sobre os rumos do ativismo contemporâneo mobilizado pelas redes sociais e pelas novas tecnologias, as matérias sobre o ensino privado no estado e a atuação do Sinpro/RS e os colunistas do Extra Classe.

Boa leitura.