Desafios contemporâneos: ensino superior e docência universitária
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
No enfrentamento dos desafios impostos à contemporaneidade, o ensino superior e a própria docência universitária colocam-se em posição de discussão e análise, buscando alternativas e fomentando processos de inovação de suas políticas de formação, no intento de abarcar os padrões de excelência e qualidade que as orientam e norteiam essa condição.
Nessa relação, privilegiar uma abordagem de ensino orientada para o significado, ao invés da simples reprodução ou memorização de conteúdos, vem sendo o grande desafio dos espaços de educação, onde a utilização de práticas que corroborem com um ensino mais inovador e desafiador das competências dos alunos podem configurar-se como uma ação determinante na transformação das estruturas sociais e na própria aprendizagem.
Nesse sentido, as metodologias ativas objetivam alcançar e motivar o estudante, que colocado diante uma situação-problema, examina, reflete, contextualiza, pesquisa e ressignifica suas descobertas. Sendo um recurso didático de grande importância, as metodologias ativas podem favorecer, de forma significativa e eficaz, o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando ao aluno um papel protagonista na produção de seu conhecimento.
As metodologias ativas despertam e potencializam a curiosidade, à medida que os alunos são submetidos a outras formas de pensar e aprender, a partir de elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do professor. A implementação dessas metodologias favorece a motivação autônoma, pois inclui o fortalecimento da percepção do aluno de ser a origem da própria ação.
Pode-se pensar que o ato de aprender pressupõe um processo que permita o estabelecimento de diferentes tipos de relações e que contribua para a reconstrução do conhecimento e a produção de novos saberes, a partir de uma educação transformadora e significativa que rompa com o marco conceitual da pedagogia tradicional. Neste aspecto, a universidade pode e deve contribuir de forma significativa nessa transição paradigmática, promovendo ações que propiciem a construção coletiva de uma nova forma de interagir e de trabalhar com o conhecimento e com a aprendizagem.
*Cristiane Ramos Vieira é professora do curso de Pedagogia da Universidade Feevale.