OPINIÃO

As notícias falsas a desserviço da verdade: competências do professor no ambiente de ensino

Por Jonathan Bernardo Menger* / Publicado em 20 de março de 2019

Foto: Reprodução

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As falsas notícias – popular e internacionalmente reconhecidas como fake news – são tidas como inimigo maior da veracidade clara e objetiva dos fatos. Embora possam ocorrer em todos os meios, os virtuais têm sido bastante discutidos por especialistas, em vista da velocidade que a Internet agrega às interações interpessoais.

É nesse processo que a mentira, a falácia, pode estar disfarçada como verdade e se propagar aos alunos, situação que,  grosso modo, pode ser metaforizada como o vírus em potencial que adentra um corpo frágil e desprotegido, o qual, ingenuamente, acaba cedendo espaço à manipulação. De forma problemática, a desserviço da informação, ele é capaz de se propagar veloz e ininterruptamente aos demais sem objetivos de se comprometer com a realidade factual. Nesse caso, o principal antídoto contra a ação desse mal do século seria o conhecimento objetivo, claro e científico que se debruça sobre a verdade, e uma das figuras de maior representatividade que pode lhe prescrever essa fórmula é o professor.

Os professores não só têm papel importante na função de ensinar teorias como também o de educar para a prática reflexiva. A reflexão se torna mais que útil em tempos sombrios e, para isso, é preciso que o docente esteja atento aos mais variados sintomas que podem ocorrer em um ambiente escolar.

É imprescindível que o profissional, independente da área, esteja sempre atento àquilo que não somente ele, mas também o aluno recebe como informações, averiguando sempre a confiabilidade das fontes por meio do acesso a outros suportes que estejam discutindo sobre o mesmo assunto.

Sempre que necessário, adaptar tópicos de bastante notoriedade pela mídia aos conteúdos curriculares. Embora possa haver certo receio por parte do docente em despertar ácidas polêmicas em aula, é importante que o professor, no poder de seu exercício, encontre caminhos alternativos que o possibilitem chegar ao seu objetivo final: o de educar para refletir.

Desafiá-los também é interessante e pode surtir efeitos proveitosos. Contra-argumentá-los e instigá-los à busca pela veracidade faz com que eles se sintam importantes e autores de sua própria investida pelo conhecimento.

E, por fim, organizar grupos com o corpo docente pode ser eficaz para empreender projetos na instituição que promovam a pesquisa e a conscientização dos males que essa problemática gera em âmbito científico, social, político e econômico. A escola é um dos berços que acalenta a transformação, e a conscientização neste momento é mais que necessária.

*Graduado em Letras, especialista em Produção e Revisor Textual.
Professor do ensino privado

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