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Uma agradável notícia foi divulgada em março (ZH /Caderno Dinheiro, 14-3-10) dando conta que gigantes do setor de mineração voltaram suas atenções para o Rio Grande do Sul a partir de 2004 com a finalidade de prospectar a possibilidade de exploração de ouro, cobre e zinco. Tal fato é corroborado pelo aumento exponencial dos requerimentos de autorização para pesquisa de metais no estado.
Em 2004 o número de solicitações foi de dois, em 2005 (10), mais do que sextuplicou até 2007 (68) e em 2009 passou para de 114. O aumento do pedido de licenças para pesquisa é explicado por dois movimentos articulados, de um lado o aumento da demanda e de outro por uma elevação acentuada dos preços dessas commodities. No caso do ouro, o aumento da demanda tem origem no uso do metal como aplicação financeira (reserva de valor) em tempos de crise. O cobre é o terceiro metal mais utilizado depois do ferro e do alumínio, sendo usado em fios e cabos condutores de energia elétrica e aparelhos eletrônicos. O zinco é amplamente usado em galvanização para proteção contra a corrosão e oxidação na indústria. Significa dizer que essas commodities estão associadas a qualquer impulso de crescimento econômico.
É óbvio que a exploração econômica depende da dimensão e da densidade das jazidas pesquisadas, da manutenção dos preços relativamente elevados e da expansão da demanda interna e externa. Essas são as condições necessárias para a retomada da Indústria Extrativa Mineral no estado. É claro também que a perspectiva é de exploração apenas da extração dos minérios, não estando prevista a implantação dos elos mais importantes, em termos de renda e emprego, da cadeia desses metais, como a metalurgia, por exemplo.
O relevante em tudo isso é o reaparecimento de uma atividade “nova”, depois de algumas décadas, numa região quase monocultora representada pelo polígono formado pelos municípios de Encruzilhada do Sul, Santana da Boa Vista (Minas do Camaquã), Lavras do Sul, Caçapava do Sul, Vila Nova do Sul, São Sepé e Cachoeira do Sul.