A rotina de fim de ano impõe aos analistas a inclusão em suas pautas do exame do comportamento da economia no ano que finda e a realização de especulações a respeito do próximo exercício. A visualização do futuro, ainda que no curto prazo, é dificultada pela volatilidade que tem caracterizado o sistema mundial, em especial as economias mais desenvolvidas. A persistência da crise e os seus desdobramentos introduzem elementos de insegurança e incerteza nos analistas, o que acaba por dificultar as prospecções sobre o futuro.
Ilustração: Pedro Alice
Ilustração: Pedro Alice
Quais as possibilidades de crescimento do Brasil nessa conjuntura para 2013? A política econômica tem procurado criar todas as condições e fundamentos para gerar um ambiente favorável ao desenvolvimento da produção e do consumo. Redução de juros, taxa de câmbio mais próxima do ideal, desoneração da folha de salários e crédito ao consumo são algumas das medidas de estímulo ao crescimento econômico. A safra agrícola é promissora para o próximo ano ao mesmo tempo em que os preços de algumas commodities estão em alta devido à seca que se abateu sobre a agricultura americana em 2012. Já a produção industrial no país tem oscilado ao longo do ano, demonstrando inconsistência na retomada de uma trajetória de expansão. Outra fonte de crescimento em 2013 provém dos investimentos em infraestrutura em geral, mas isso tudo depende da agilidade da gestão, pública e privada, dessas obras. Apesar de todas as limitações externas e dos entraves internos, os analistas, o Banco Central e o Ministério da Fazenda esperam um crescimento em torno de 4% em 2013.