Bolsonaro recria Ministério das Comunicações
Foto: Alan Santos / PR
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O deputado Fabio Faria (PSD-RN) foi apresentado no Diário Oficial da União do dia 10 como o responsável pela 23ª pasta do Governo Federal que, em seu início, prometia no máximo 15. Fabio Faria é genro do empresário, dono do SBT e apresentador Silvio Santos. Segundo o Planalto, o novo ministério não aumentará as despesas.
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A estrutura do novo Ministério não está totalmente detalhada. A expectativa é que seja transferida para a pasta todas as pautas que estavam sob as mãos do PSD no governo Temer, quando o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, era o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Entre elas: a definição de políticas públicas dos serviços de telecomunicações (telefonia fixa, móvel e internet) e de radiodifusão (concessão de rádios e TVs).
Das empresas que ficarão debaixo de Faria, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para Bolsonaro já tem um destino certo. Também ontem a noite, o presidente afirmou que a pretende privatizar o mais rápido possível.
Pasta vai controlar a publicidade estatal
O novo ministério de Bolsonaro renasce com poder de fogo ainda maior do que quando existia no governo Temer. Ele vai incorporar também funções da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom). Entre elas, o genro de Silvio Santos será o responsável pelo controle e distribuição das verbas publicitárias do governo.
Fabio Wajngarten, até então o chefe da Secom, será o secretário-executivo do ministério. Ele que é considerado amigo pessoal dos filhos de Bolsonaro colecionou à frente da secretaria que era vinculada diretamente à presidência da República uma série de polêmicas, como a criação de uma campanha publicitária para desestimular o isolamento social na crise sanitária do novo coronavírus.
Na noite de ontem, segundo o jornal Folha de São Paulo, Bolsonaro disse que nem sabia qual o partido de seu futuro ministro para negar que a recriação da pasta tenha se dado às voltas das negociações com parlamentares que integram o Centrão e lhe blindar em um futuro processo de impeachment. “Não teve acordo com ninguém”, disse.