Weintraub continuará no inquérito das fake news

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ministro da Educação Abraham Weintraub apontado como sendo o próximo a cair do Governo amarga mais uma derrota na Justiça

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela manutenção do ministro da Educação Abraham Weintraub no inquérito sobre fake news, que tramita sob a coordenação da Corte. A votação virtual se iniciou na semana passada e foi concluída hoje, 17, dia em que os ministros estão votando em plenário a manutenção ou não do inquérito que foi questionado no seu início pela Rede Sustentabilidade.

A decisão do STF rejeitou o pedido de habeas corpus feito pelo ministro da Justiça André Mendonça, entendido por analistas políticos como um recado político à corte. Em procedimentos normais, a defesa de agentes do governo é realizado pela Advogacia Geral da União.

O recado não surtiu o efeito desejado, pois desde segunda-feira, 15, o Supremo já apresentava a maioria dos votos (6) pela rejeição do HC.

Dos 11 ministros votantes, Alexandre de Moraes absteve-se de votar por se declarar impedido. Moraes coordena os trabalhos do inquério. Marco Aurélio votou pela concessão do HC. Os ministros Luis Roberto Barroso, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rosa Weber, Luiz Fux, Celso de Mello e Ricardo Lewandoski acompanharam o voto do relator Edson Fachin que defendeu a manutenção de Weintraub no processo.

Em seu voto, Fachin disse que não há cabimento legal para um HC contra um ministro-relator de turma, no caso Moraes. Moraes, na ocasião, cobrou explicações do ministro de Educação de Bolsonaro sobre as declarações que fez na reunião ministerial do dia 22 de abri, quando Weintreub disse que começaria a colocar vagabundos na cadeia, começando pelo STF.

Weintraub nas ruas e bispo ameaçado

No último domingo, 14, Weintraub foi ao encontro de manifestantes que um dia antes realizaram um ato contra o STF. Foi o dia em que foram lançados fogos de artifícios e insultos à corte, simulando um bombardeio.

Weintraub ainda foi prestar solidariedade ao protesto do grupo 300 do Brasil que teve seu acampamento na Esplanada dos Ministérios desmontado pelo governo do Distrito Federal.

Terça-feira, 16, remanescentes do 300 do Brasil ameaçaram o bispo auxiliar de Brasília, Dom Marcony Vinicius Ferreira, que não permitiu o remanejamento do acampamento dos extremistas para a região da Catedral de Brasília.

A atitude fez com que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, fechasse a Esplanada.