POLÍTICA

Movimentos sindical e social pedem saída de Bolsonaro

Mais de mil organizações da sociedade civil participaram da articulação de novo pedido de impeachment do presidente, entregue nesta terça-feira, 14, na Câmara dos Deputados, em Brasília
Por Marcelo Menna Barreto / Publicado em 14 de julho de 2020

“Não temos ilusão de que eles vão aprovar o pedido se não tiver pressão popular. O passo mais importante vem agora e é mobilização com o povo brasileiro pedindo nas ruas para que o Brasil volte a ter esperança e volte a crescer”, disse no ato, o presidente da CUT, Sérgio Nobre

Foto: Tiago Rodrigues/MST

Mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro se somou, nesta terça-feira, 14, aos 51 que já estão sob a mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O documento é assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras sem Terra (MST) e União Nacional dos Estudantes (UNE) e mais de mil organizações da sociedade civil. Composto por 211 páginas, o documento também foi assinado por personalidades como Chico Buarque de Holanda, as atrizes Lucélia Santos e Dira Paes, o humorista Gregório Duvivier, o músico Arrigo Barnabé, o ex-jogador Walter Casagrande e os jornalistas Fernando Moraes e Juca Kfouri.

Segundo a jurista Kenarik Boujikian, as mais variadas organizações sociais estão contempladas na peça, sob a assinatura de quem as representa. “Pessoa jurídica não pode assinar”, informou.

“Bolsonaro trata a pandemia com descaso e até zomba das mortes, dizendo que não é coveiro”, disse indignado o presidente da CUT, Sérgio Nobre. Ele pontua uma da extensa lista que é elencada como crimes de responsabilidade de Bolsonaro.

O ataque a imprensa, a má conduta ambiental e o gerenciamento ideológico de recursos no audiovisual são outros pontos destacados no documento.

Outros nomes importantes como o jurista Fábio Konder Comparato, o economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira e a historiadora Lilia Schwarcz também chancelaram o pedido que ainda contou com religiosos como o padre Júlio Lancellotti, responsável pela Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo.

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