Prefeitura amplia ações de distribuição de alimentos durante a pandemia

Foto: Anselmo Cunha/PMPA

Essas comunidades eram atendidas pontualmente pelo Governo Federal e terão auxílio municipal, pelo aumento da insegurança alimentar durante a pandemia

Foto: Anselmo Cunha/PMPA

A prefeitura de Porto Alegre ampliará a rede de distribuição de alimentos para as famílias em situação de emergência alimentar na cidade, incluindo nestas ações os povos tradicionais, como os de matriz africana (ilês e terreiras), quilombolas e indígenas, as famílias de migrantes e a população em situação de rua e de extrema pobreza. Uma comissão multisetorial tem se reunido periodicamente para discutir ações urgentes que ampliem o auxílio com a entrega de cestas básicas e itens de higiene.

“Em Porto Alegre temos mais de 900 famílias quilombolas, cerca de 20 mil terreiras e ilês, além de mais de 350 famílias de comunidades indígenas”, diz a vereadora Reginete Bispo (PT), que integra a comissão na capital. Ela explica que essas populações já foram atendidas em diferentes momentos pelo Governo Federal, mas a gravidade da pandemia e seus efeitos econômicos provocou a inclusão destas comunidades nas ações municipais.

A vereadora é autora da proposta de criação da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. “Existe o entendimento que os Ilês e terreiras são espaços de acolhimento e que a partir deles podem haver ações políticas de atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade, em parceria com o estado”, pontua Reginete, explicando a necessidade da inclusão destes espaços na distribuição de alimentos.

Reginete salienta a necessidades de atenção especial às famílias chefiadas por mulheres, ainda mais especialmente mulheres negras, as mais afetadas pelo desemprego. Em conversa com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), em Porto Alegre, também foram discutidas estratégias de inclusão no mercado de trabalho para as família assistidas.

Para além deste apoio, a prefeitura aderiu à Portaria Federal 618/2021, do Ministério da Cidadania, afim de integrar a Ação de Distribuição de Alimentos (ADA). A comissão conta com representantes da Fasc, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Conselho Estadual e Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, além de organizações da sociedade civil.