Aumenta pressão interna na Alesp contra deputado que ofendeu religiosos
Foto: Alesp/ Divulgação
Mais de 30 deputados estaduais paulistas passaram a subscrever a representação que pede que o deputado bolsonarista Frederico D’Avila (PSL-SP) seja julgado pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Em pronunciamento no plenário no dia 14, o parlamentar chamou de “gentalha”, “pedófilos”, “safados”, “vagabundos” e “imundos” o arcebispo de Aparecida do Norte, Dom Orlando Brandes, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Papa Francisco.
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Até agora, cerca de um terço do parlamento paulista já subscreveu a recomendação para que D’Avila seja submetido à comissão de ética da Casa, mas esse número que já é bastante expressivo tende a crescer. Ao todo, são 94 deputados e desses, 30 já assinaram o pedido. A comissão de ética poderá decidir pela suspensão ou até pela cassassão do parlamentar por quebra de decoro.
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Apesar do pedido de desculpas do parlamentar que, diante da repercussão negativa alegou “problemas pessoais” ocorridos nos dias anteriores à fala, deputados das mais variadas correntes ideológicas estão aderindo à proposição. Houve forte reação de religiosos às declarações ofensivas do parlamentar.
Até o momento, parlamentares do PT, PSol, PCdoB, PSDB, PL, Cidadania e PV fizeram questão de assinar o requerimento apresentado no domingo passado, 17, pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp, Emídio de Souza (PT).
Segundo o deputado Souza, a “odiosa agressão” de D’Avila acendeu uma forte indignação em toda a Alesp.
Na sessão do parlamento paulista de segunda-feira, 18, o presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB) disse que as palavras de D’Avila feriram o regimento interno da casa e ordenou que fossem apagadas dos anais da assembleia. Pignatari ainda leu no plenário a Carta Aberta que lhe foi endereçada pela CNBB solicitando providências diante do ocorrido.