Senador acionará TCU para investigar gastos com cartão corporativo de Bolsonaro
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Mesmo com um pouco mais de onze meses de mandato pela frente, Jair Bolsonaro (PL) ultrapassou os gastos do cartão corporativo presidencial realizados nos mandatos de quatro anos dos ex-presidentes Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Com R$ 29,6 milhões contabilizados até dezembro de 2021, segundo levantamento do jornal O Globo, o custo Bolsonaro até o momento está sendo 18,8% maior do que o realizado nos quatro anos da gestão anterior – Dilma (2015-2016) e Temer (2016-2018).
Somente em dezembro do ano passado, as compras exclusivamente feitas para a família do presidente chegaram a R$ 1,5 milhão nos cartões corporativos. Foi a despesa mais alta em um único mês dos três anos da atual gestão. Bolsonaro no final do ano e sua família passaram alguns dias de folga em Santa Catarina.
Recorde
Também foi em 2021 que as despesas com os cartões corporativos da presidência da República atingiram o maior valor dos últimos sete anos.
Conforme informações do Palácio do Planalto, diz O Globo, dois dos cartões ficam permanentemente sob poder de Bolsonaro.
Os cartões corporativos da presidência podem ser utilizados para despesas diárias e as razões dos gastos são sigilosas. O argumento é que a divulgação das despesas poderia colocar o presidente e sua família em risco.
TCU
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) lembrou, nesta segunda-feira 31, em suas redes sociais que em 2020 fez um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigasse as contas do presidente. Na ocasião, os gastos de Bolsonaro totalizavam R$ 3,7 milhões. Hoje, o valor acumulado no cartão corporativo do presidente se multiplicou oito vezes.
Contarato afirmou que irá acionar o TCU novamente para que se “faça ampla auditoria dos gastos de cartão corporativo do presidente da República, que estão altíssimos e superando seus antecessores, enquanto falta comida na mesa dos brasileiros”.