Eleições: máquina do Estado entra na disputa presidencial
Fotos: Valter Campanato (Bolsonaro) e Fabio Rodrigues Pozzebom(Lula) / Agência Brasil
Fotos: Valter Campanato (Bolsonaro) e Fabio Rodrigues Pozzebom(Lula) / Agência Brasil
De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Datafolha entre os dias 27 e 28 de julho, a maioria dos brasileiros entende que os aumentos nos valores do Auxílio Brasil e do vale-gás, apenas até dezembro, têm como objetivo conseguir mais votos para reeleger o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro deste ano.
Ao menos é o que pensam 61% dos eleitores entrevistados. Porém, 31% acreditam piamente que o governo quer ajudar as pessoas que estão precisando. Outros 6% veem as duas causas como motivação. E apenas 2% não têm opinião sobre o tema.
O Datafolha praticamente reiterou os resultados anteriores. Se as eleições ocorresses em agosto, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) seria eleito no primeiro turno, com 52% dos votos válidos.
Os votos válidos desconsideram os brancos e nulos, mesmo critério usado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para 56% dos entrevistados, o Auxílio Brasil temporário de R$ 600 é insuficiente, 36% classificam como suficiente e 7% avaliam o montante como mais do que suficiente.
Entre os que recebem o benefício, 54% consideram o valor insuficiente, 38% avaliam como suficiente e 8% afirmam ser mais do que suficiente.
PEC DO DESESPERO – O Congresso Nacional aprovou às pressas a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 01, que institui o estado de emergência, uma forma de o governo driblar a legislação eleitoral, que proíbe gastos acima do teto às vésperas da eleição.
Com isso, o governo aumentou o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, e o vale-gás, que pagava R$ 50 em média a cada dois meses, pode pagar até dezembro cerca de R$ 120.
O governo também criou o Auxílio-Caminhoneiro e o Auxílio-Taxista, que irá pagar R$ 1.000 para cada categoria profissional.