SAÚDE

Os desafios da doação de órgãos

Publicado em 13 de setembro de 2017
Transplante de pulmão de equipe coordenada pelo cirurgião Spencer Camargo, no Hospital Dom Vicente Scherer, da Santa Casa de Porto Alegre

Foto: Igor Sperotto

Transplante de pulmão de equipe coordenada pelo cirurgião Spencer Camargo, no Hospital Dom Vicente Scherer, da Santa Casa de Porto Alegre

Foto: Igor Sperotto

Um paradoxo de espera e corrida contra o tempo eleva ao limite a adrenalina de profissionais de saúde e pacientes em reabilitação que aguardam a chegada de um órgão compatível para transplante. Às vezes, ele não chega a tempo, mas quando chega, aumenta para mais de 50% a chance de sobrevivência de uma pessoa que está na lista à espera de uma doação.

Em uma manhã de agosto de 2017, a morte encefálica de um paciente em um hospital de Porto Alegre e a confirmação de que se tratava de doador, seguida pela autorização dos familiares, deixaram em prontidão uma das equipes de transplantes de pulmão, coordenada pelo cirurgião Spencer Camargo (foto), no Hospital Dom Vicente Scherer.

Passado do meio-dia, um homem e uma mulher, ainda sedados, voltavam a respirar com os pulmões doados. O transplante de órgãos e tecidos, por mais que tenha evoluído e se tornado rotina dentro dos hospitais nas últimas três décadas, ainda enfrenta muitas barreiras, como a falta de capacitação dos diferentes profissionais de saúde e a ausência do tema no currículo da maioria dos cursos de Medicina do país.

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