SAÚDE

Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo investiga quatro óbitos

Após a primeira morte confirmada pelo Sars-Cov2, autoridades de saúde querem saber se outras quatro mortes no estado teriam relação com o vírus
Por Gilson Camargo / Publicado em 17 de março de 2020
Integrantes do comitê de crise em SP concederam entrevista coletiva sobre primeira morte por coronavírus

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Integrantes do comitê de crise em SP concederam entrevista coletiva sobre primeira morte por coronavírus

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Em coletiva concedida na tarde desta quinta-feira, 17, após a confirmação da primeira morte em decorrência do contágio pelo novo coronavírus (Sars-Cov2), o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, revelou que quatro óbitos no estado estão sendo investigados para saber se foram infectados pela nova cepa de coronavírus.  São Paulo tem 162 casos confirmados de coronavírus. Desses, 154 estão na capital e oito são pacientes da Região Metropolitana. No Brasil, são 301 casos confirmados pelo Ministério da Saúde até agora.

A primeira vítima fatal do Sars-Cov2 no Brasil é um homem, de 62 anos, que morava em São Paulo e tinha comorbidades como diabetes e hipertensão. O paciente deu entrada em um hospital privado, não identificado, no sábado, 14, e morreu na segunda-feira. Os primeiros sintomas se manifestaram no dia 10 de março. O paciente não tinha histórico de viagem. Uip destacou que ele era do grupo de risco, pela idade e por apresentar outras doenças. “Foi uma manifestação rápida da doença”, disse.

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann, afirmou que a ocorrência de óbitos por coronavírus já era esperada, devido à situação de pandemia. “Infelizmente os óbitos são esperados. Mas lamentamos muito o óbito, e manifestamos consideração à família. Isso é muito triste. Mas esse óbito não deve criar pânico na população”, acrescentou Uip.

Segundo o coordenador, até o momento não é possível informar quantas pessoas estão em estado grave por causa de coronavírus, já que os pacientes estão sendo atendidos em hospitais privados, que não costumam fornecer informações sobre a saúde de seus pacientes. “Não temos controle da rede privada neste momento. Mas precisamos dessas informações”, disse Uip. Ao encerrar a coletiva, o infectologista fez um apelo para que a população doe sangue, já que os estoques estão muito baixos.

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