Rio de Janeiro confirma variante Alpha do novo coronavírus no estado
Foto: Itamar Crispim/ Fiocruz
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou casos da nova variante britânica do coronavírus, conhecida como Alpha (B.1.1.7) no estado. Um deles é morador de São Gonçalo, na região metropolitana e foi notificado às autoridades municipais de Saúde no dia 9 deste mês.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o município ainda investiga se o paciente foi infectado dentro do estado ou se o caso é oriundo de outro estado ou de outro país. Independente das variantes, as medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da covid-19 seguem as mesmas, reafirmou a SES, ao informar que não haverá alteração dos protocolos sanitários que já estão sendo adotados.
Efetividade das vacinas
Um estudo da Public Heatlh England (PHE) mostrou que a aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca apresenta 92% de efetividade contra a hospitalização pela variante Delta (B.1.617.2) do Sars-CoV-2.
A variante, antes conhecida como indiana, tem se espalhado rapidamente pelo Reino Unido e já teve casos confirmados no Brasil. A vacina também demonstrou uma alta efetividade contra a variante Alpha (B.1.1.7), identificada pela primeira vez no Reino Unido e que foi detectada no Rio, com redução de 86% nas internações.
O estudo da agência de saúde do governo britânico, publicado em versão pré-print no dia 14 de junho, envolveu a vacina da AstraZeneca, que no Brasil é produzida pela Fiocruz, e o imunizante da Pfizer.
A pesquisa analisou 14.019 casos da variante Delta que chegaram às emergências dos hospitais ingleses entre 12 de abril e 4 de junho deste ano. Destes, 122 foram hospitalizados. Foi comparado o risco de internação entre os não vacinados e os vacinados com primeira e segunda doses. Outros 13.192 casos envolvendo a variante Alpha foram identificados, com 166 internações.
A efetividade média em relação à taxa de hospitalização para vacinados com a variante Delta foi similar à da variante Alpha, levando em conta os dois imunizantes: Alpha com 78% (uma dose) e 92% (duas doses); Delta com 75% e 94% (respectivamente).
No caso da Pfizer, a vacina apresentou média de 94% de efetividade após a primeira dose e 96% após a segunda contra a internação pela variante Delta.
Na AstraZeneca foram registrados 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda. “Estas descobertas indicam níveis de proteção muito altos contra as hospitalizações pela variante Delta com uma ou duas doses de qualquer uma das duas vacinas”, diz o estudo.