Relatório Covitel aponta que 1 a cada 5 jovens utilizam cigarro eletrônico no país
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No Brasil, 1 a cada 5 jovens utilizam cigarro eletrônico. O dado faz parte do Relatório Covitel, pesquisa feita com mais de 9 mil pessoas em todo o país e divulgada no dia 27. O documento mostra que o Sul do país é a segunda região que mais utilizou os aparelhos, atrás somente do Centro-oeste. O estudo também revela que a região Sul é onde prevalece a maior utilização de tabaco no Brasil, inclusive no período pré-pandemia.
No primeiro trimestre de 2022, o uso do cigarro eletrônico foi maior pelos homens na faixa etária dos 18 aos 24 anos (10,1%) e que se declaram pretos ou pardos (7,7%). No mesmo período, os homens, entre 25 a 34 anos (14,5%), que se autodeclararam como indígenas, amarelos ou preferiram não identificar sua raça/cor (17,7%), são os de maior prevalência no uso do tabaco.
O levantamento também apresenta a taxa de uso de narguilé, um dispositivo utilizado para fumar essências, tabaco e outras substâncias, de acordo com a Associação Médica Brasileira. Nesse cenário, os homens também são maioria no uso, 9,8%, contra 5% das mulheres. A maior prevalência de uso também é entre jovens pretos e pardos (7,7%) de 18 a 24 anos (17%).
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os cigarros eletrônicos também são prejudiciais à saúde. “Eles expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos. Nanopartículas de metal, carcinógenos já conhecidos e substâncias citotóxicas, potencialmente causadoras de doenças pulmonares e cardiovasculares”, afirma o Instituto.
Além disso, o órgão também lembra que a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil. No entanto, os aparelhos são disponibilizados na internet, no comércio informal ou comprados no exterior, para uso pessoal.
Confira a pesquisa: Relatório Covitel
Matéria realizada pelo estagiário Douglas Glier Schutz, com supervisão de Valéria Ochôa, editora.