Governo Lula investiu 2.500% a mais que Bolsonaro em saúde indígena
Foto: Sesai/ Divulgação
Até agora, R$ 34,2 milhões foram investidos pelo Ministério da Saúde (MS) do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a saúde dos povos indígenas no país. O valor contrasta imensamente com todo o montante investido nos quatro anos de Jair Bolsonaro (PL) na presidência, R$ 1,3 milhão.
Foram 2.498% a mais até junho. Segundo o MS, o percentual expressivo se dá pela retomada de investimentos após uma paralisia de quatro anos.
Os recursos foram alocados em obras de saneamentos para a reforma e a ampliação de abastecimento e esgoto, obras em Casas da Saúde, alojamentos e Unidades Básicas de Saúde Indígena, entre outras iniciativas.
Ainda de acordo com a pasta, desde janeiro os investimentos em ações diretas na saúde dos indígenas foram dobrados e o efetivo de profissionais da saúde voltado para esse povo originário ampliado.
Seminários regionais
Nesta terça-feira, 25, o Diário Oficial da União (DOU) registrou que o MS criou um Grupo de Trabalho para “propor, articular e formular” propostas para a realização de seminários regionais de saúde indígena.
A realização dessas reuniões nas mais diversas regiões do Brasil tem como objetivo a construção de um plano de implementação das deliberações da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena sobre a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI).
A ideia é que as ações sejam pensadas a partir dos próprios territórios, bem como analisar formas de provimento de profissionais na saúde indígena.
Enchentes no RS
Devido ao recente caos ocasionado pelas enchentes que assolaram os gaúchos em maio, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) chegou a ampliar as equipes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) que operam na região sul do Rio Grande do Sul.
Ao todo, sete comunidades foram visitadas e a população indígena dos municípios de Rio Grande, Pelotas, Canguçu e Bagé receberam assistência de rotina da Sesai, uma vez que os serviços de saúde local não chegaram a ser interrompidos.
Os profissionais da Sesai ainda estão elaborando uma avaliação socioambiental para monitorar os impactos da enchente na população indígena local.