Central de Transplantes de Santa Catarina adere ao movimento pelo uso da membrana amniótica em queimados
Foto: Acervo Eduardo Chem/Divulgação
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A Fundação Ecarta entregou, no último dia 25 de outubro, a Manifestação Pública pela Regulamentação do Uso da Membrana Amniótica ao médico Joel de Andrade, que além de coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina, desde agosto deste ano também é responsável técnico pela Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Transplantes.
O encontro ocorreu na sede da Fundação Ecarta, em Porto Alegre, RS, e contou com a participação do médico Cristiano Franke, da Unidade de Queimados do Hospital Pronto Socorro da capital gaúcha.
A Manifestação foi lançada em julho pela Frente Nacional pela Aprovação do Uso da Membrana Amniótica em Queimados, liderada pela Fundação Ecarta e integrada por 15 entidades e instituições. Entre elas, o Banco de Tecidos Dr. Roberto Corrêa Chem, da Santa Casa de Porto Alegre, a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) e as Unidades de Queimados dos hospitais Cristo Redentor e Pronto Socorro de Porto Alegre.
O encontro com Joel de Andrade integra as ações desse movimento nacional que busca sensibilizar a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Ministério da Saúde, para que agilize o processo de regulamentação do uso deste material biológico no tratamento de queimados.
Depois de tramitar por 10 anos no Conselho Federal de Medicina, o procedimento está em análise desde 2021 pela Conitec. O movimento também solicitou agenda com a Ministra da Saúde Nísia Trindade.
A membrana amniótica é um tecido proveniente da parte interna da placenta de partos, material hoje descartado, considerado o melhor curativo cutâneo para redução da dor e rápida cicatrização em diferentes patologias.
O Brasil é um dos únicos países da América Latina que ainda não utiliza a membrana amniótica no tratamento de ferimentos graves. O país registra um milhão de queimaduras por ano, das quais aproximadamente 100 mil precisam de atendimento médico-hospitalar, sendo 95% dos pacientes atendidos pelo sistema público de saúde.
Central de Santa Catarina
“Solicitamos o apoio do coordenador da Central de Transplantes de Santa Catarina porque sabemos da sua sensibilidade e empenho no atendimento humanizado. Com isso, milhares de pessoas terão recuperação mais rápida e o procedimento será decisivo para salvar muitas vidas”, pontuou Marcos Fuhr, presidente da Fundação Ecarta.
“Acredito que é uma iniciativa de extremo valor e que deva ser incorporada ao nosso arsenal terapêutico. Vários países com sistemas de transplante desenvolvidos já incorporaram a membrana amniótica e o Brasil deve ganhar com este recurso”, declarou Joel de Andrade.
O médico está à frente da Central de Transplantes catarinense há 19 anos. O estado é líder em doação de órgãos entre os estados brasileiros. A Central de SC é mais uma das entidades que se soma à causa e se integra a campanha que ganha apoiadores em todo o país.
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